E no canto direito, sobre um pedaço de papelão, um paraplégico com os pés atrás da cabeça. No canto esquerdo, sobre um pedaço de papelão, uma velha corcunda.
Passando rápido à esquerda, de bigode e saia até embaixo do joelho, a crédula, com sua cara de preocupação e paisagem, seu livrinho debaixo do braço e no fundo uma cara de satisfação pessoal, não por ser o que ela é, ou por ter o que ela tem, mas pela sua submissão.
E aquele cego-velho-gordo, que outrara gritara um trocado por favor, hoje profere algo incompreensível. O mesmo que toca pandeiro, gaita, percussão e canta, ao mesmo tempo. Ele até que toca bem, mas, sabe como é, não tem visão de futuro...
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